sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
CADEIA
15O pessoas confinadas num cubiculo
q cabe no meu entender apenas um único demônio
A imagem dolorida permanece latejando,
impossível digerir
Nessa noite estive na compahinha
de alguns amigos
numa carceragem em Nova Iguaçu
Encontramos lá pessoas iguais a nós
sentadas no chão sujo e frio
Estavamos ali na qualidade
de poetas solidários
buscáva-mos e levámos
um pouco de calor humano e esperança
para aquelas pessoas habitantes do inferno
Crei que estar enterrado numa carceragem,
nos equinócios de um hospicio,
nos trapos de um leito hospitalar
é degradante
15O pessoas confinadas num cubiculo
q cabe no meu entender apenas um único demônio
(edu planchêz)
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