segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

DA LINHA AMARELA À ESTRADA DOS BANDEIRANTES



Da Linha Amarela à Estrada dos Bandeirantes
arrastando as bandeiras amadas,
mordido pelos cromos acetatos do sol
de maio substancial

Somo o sono da selva com o sono do mangue:
leve é o chapéu que uso para cobrir os seios dela

Rio de Janeiro (a casca do ovo que me gerou,
sou a soma de todas essas ruas

Medo de nada, agora e sempre
porque sob e sobre os túneis
da cidade das boas cores
empresto de Nei Mato Grosso
o penacho de faisão



Tão simples, abrir a boca,
dizer cantando atraentes vocábulos
que batem em teu rosto para baterem no meu

Nos ares alquímicos da Barra da Tijuca
alcanço o sensitivo rosto de minha avó Eugenia

O mar é pai
O mar é mãe
O mar é filho de nossas lágrimas

(edu planchêz)

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