à Dylan Thomas
A mais ínfima parcela da criatura
que em mim carrego está debruçada
nas muralhas dos jardins suspensos da Abissínia,
ela procura saber o caminho que nos leva aos vulcões
e as praias de espumas de mirra
A poesia que espeto no mapa do céu possuí ramificações
que se espalham por toda a Terra
Ela entra pelos pilotís das casas sombrias
para tocar nas manchas da pele das gerações
Assumo todos os riscos para imprimir
na nova semana a mudança da capital
que devo dizer ser o abrir de portas e bocas
para a canção de Aquárius redigir sobre mesas
e camas a nova carta
Entidades bem vestidas trazem o bloco de sal
para ser esculpido
Um peixe zodíaco possível calendário persa move-se
para quebrar as moléculas salgadas
e retirar de sua natureza a dama de calcário
O pensamento de argila e cal cai sobre a minha vontade
de avançar assoprando as flores incendiadas
com os lábios carregados de sons de taba
(edu planchêz)
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