segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

PARA BETH BRAIT LER



A linha de fogo vinda do fundo do logos
corre o céu desse planeta em outubro
Corro esticando as cordas da harpa
Corro desenrolando as bandeiras

Uma borboleta amarela e preta
Um jato de aranhas eletromagnéticas

O cesto cheio de poemas
de Mário Quintana
faz sombra a cabeça quadrada do mundo

Telefone de luz e água
flutuando nos aéreos desenhos
de teus peitos tomates

O idioma das pessoas se renova
quando levo os dedos até os retângulos
que chamamos de teclas
para compor
do nada
e no nada,
nada

(edu planchêz)

Nenhum comentário: