segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

PELAS ENCARDIDAS PEDRAS DA CINELANDIA



Ela passeava com uma tartaruga
pelas encardidas pedras da Cinelandia
que vemos pelas trilhas
das camuflagens da televisão
Falta do que fazer?
Honras ao general Charles Baudelaire?
Todas ou nenhuma pergunta cabe diante do reinado
do solo do sino devorador

Passeio com meu negro gato,
passeio com a palavra gato,
passeio com todos as palavras,
com todas as formas de compor uma sentença

Sem rimar nada com nada
produzo os cremosos diamantes
de olho na geofísica do que pensas
Quando durmo sem tocar a pele
não te proporciono uma boa noite
para que ouses subtrair do sono algumas horas

Oceano de açúcar,
oceano de fécula de batata doce,
oceano de qualquer confeito,
oceano de canções de guerras e guerreiros

Abrindo as pernas e a alma
para a entrada dos múltiplos assuntos
que nos levam às pontes cor de cobre,
cor de níquel, cor de criança brincante

Você diz q não encontra correspondência
entre o que está escrito
aqui em baixo com o que escrevi
na parte celeste desse possível poema,
você está certo(a)

(edu planchêz)

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