domingo, 4 de janeiro de 2009

RAIZ SUBMERSA



Caminho entre árvores e corpos em cinzas,
foi o que sobrou do último beijo...
Já que a morte era certa, morri,
morreste dentro dos grãos
que flutuam nos canais de meus grandes olhos

Agora me resta as coisas da cidade
que nunca morre,
as cortantes ondas do mar de hoje e de ontem,
fechar o livro e mudar de assunto

Minha inspiração
não conhece os arames das fronteiras,
posso dizer que a fluente poesia
que de mim jorra infinita
me faz um dos Reis diamantes desse Tempo

De norte a sul
De leste a oeste
Sem querer desmerecer nenhum dos irmãos e irmãs
prendo minhas letras nas forquilhas
de forma tão intensa que nem mesmo
o mais celebres dos mais celebres do desatar,
conseguiria romper os laços emotivos
que me une as pessoas

Por isso queimo-me até o embrião,
até a raiz submersa

( edu planchêz)

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