segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A ARANHA DO POEMA


“O poema não é uma forma literária,
mas o lugar do encontro entre a poesia e o homem.”
(octávio paz)



A aranha do poema caminha com suas pernas medievais
sob o continente do ovo interior,
ovo esse que sou

Um ovo homem (eu) sendo chocado pelo sol
da palavra substância

Rosas selvagens e reais crescem contorcendo-se
nos poros da membrana dos células do sonoro sangue

A criatividade, o criativo
nos une aos planos delgados sublimes
do que foi e do ainda não foi

A aranha do poema
soletra seus versos pegajosos
por dentro do canal da uretra:
esperma-muco-mijo

(edu planchêz)

Nenhum comentário: