domingo, 8 de fevereiro de 2009

ÓLEO DO ÚLTIMO SEGUNDO


Nada de vontade de orar,
ler, tagarelar pelas ruas desse hoje
Sou um homem se redescobrindo,
tocando a própria pele,
puxando os fios e as veias,
os olhos e os sentido dormentes

O que está acontecendo comigo?
Gostaria [eu] de dar por finalizada
essa terrestre jornada?
Se assim for,
“caio sobre mim mesmo na neve de inverno”
descendo até onde não se pode mais descer...
chegando ao fundo negro
do óleo do último segundo...
mais do que vivo
soletro o nome de todas as substâncias

(edu planchêz)

Um comentário:

Juliana Porto disse...

Quando a jornada te cansar...
Beba da tua poesia.
Posso te garantir.
És fonte mágica.

Beijos, poeta!