sexta-feira, 29 de maio de 2009

A morte do meu limoeiro

(à Eduardo Tornagui)

A morte do meu limoeiro,
não significa a morte do meu limoeiro,
a minha morte, a tua morte

A árvore fora plantada por meu pai
e a mim ofertada...
hoje choro a morte não morte
do meu limoeiro
da minha janela entre tantas janelas
observadas ou não por alguma ilha

Os homens que caminham pela rua
que não vejo da minha janela
nunca saberão o que agora sinto
debruçado sobre a minha poética jornada
por esse planeta
que ocupa o terceiro lugar depois do sol

Aqui mergulhado nas vestes
de um simples homem,
de um pequeno escritor,
de um mero pensante
que observa a si mesmo
movendo-se na cosmologia
do cotidiano da atual história...
não diria nada ser, não diria

Cercado por vozes, pelas vozes
dos que me antecederam,
dos atuais,
dos que virão, pelas minhas vozes...
descrevo o que percebo,
examinando-me,
examinado o estado das coisas,
o mutável e o imutável
Choro a morte não morte
do meu querido limoeiro,
choro...

(EDU PLANCHÊZ)

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo !!!

Anônimo disse...

Linda!!!

EDU PLANCHÊZ