DESTRANCO-ME
Tiro a tampa do vidro,
destranco-me,
borboletas imperiais
vão saindo aos montes,
estavam camufladas
nas gavetas do fígado,
nos tendões do átrio superior
As voadoras segredam-me:
estiveram com Emily Dickison
num de meus delírios...
no instante
em que escrevia a quadrinha
que fala das borboletas do Brasil
O céu é uma borboleta
à envolver a terra com asas de nuvens
Perante as leis
da metamorfose somos todos borboletas
se revirando em panelas alquímicas
(edu planchêz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário