quarta-feira, 2 de setembro de 2009

eu, homem terrestre










tal qual os galos meu ringue é a manhã,
o terreiro,
nunca as forquilhas dos céus,
nunca as colunas prateadas
que sustentam os astros
nas esteiras do vácuo

eu, homem terrestre,
urubu das cidades,
jararaca dos terrenos asfaltados

tenho sim, as mexas da cabeleira
cobrindo as palmas
feito rede que cobre lagoa
cheia de peixes

(edu planchêz)

Um comentário:

Juliana Porto disse...

Sinto o cheiro do mar.
=)