terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ASSIM CORREMOS PELO TEMPO SEM MORTE










Nojentas aranhas caminham nas paredes
do mundo do pensamento
que o império do capital decadente chama de cinema
prontas estão para em nossas peles
aprontarem suas casas,
porem, maior é o poder da voz
que geme o poema,
e as aranhas que não passam de teatro tosco
permanecem sem vida
vomitando pessoas
nos defectíveis filmes norte americanos

Eu e minha brasileira lua grená
cortamos a madrugada
(como quem corta pão e queijo)
de Flamengo campeão nacional
regado a macarrão,
cerveja, wisque e sardinhas

E a fé que andava distante,
é retomada
enquanto construo
essa obra noturna matinal
ouvindo os comunicados da mata

Nada perco em permanecer para sempre amoroso,
copio as luzes de Bayard Tonelli,
copio as luzes de pai Witmam...
e por séculos essa voz cercada de vozes irmãs
reinara pelas planícies e ribanceiras

Adorados,
nossas firmes mãos
estão para sempre abertas,
assim corremos pelo tempo sem morte,
assim corremos,
segurando em mãos
que seguram mãos,
braços, pernas...

( edu planchêz)

2 comentários:

Cardápio Delicadeza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cardápio Delicadeza disse...

Eita poeta massa que acorda as noites e as lindas tranças da Vanessa!

Abração, poema e paz!