sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

abundância








Nem longe,
nem perto está a alcateia,
encontrei minha fêmea
no vale de margaridas e serpentes
enquanto deixava a marca dos lobos nos arbustos
para os meus semelhantes perdidos
não se perderem nunca mais

Caninos Brancos sabia onde achar-me
e eu sempre soube que um dia esperimentaria
a dor do crescimento em Luna Amarela,
na planície de Sonora,
nas sábias ruas do Rio de Janeiro

Jack London, Jack Kerouac, Edu Planchêz...
três pessoas únidas pelo nome,
pelas estradas intermináveis.
pelos sonhos progressivos
de levanrem seus barcos
neve à dentro até suas almas
se verterem em neve,
até o sol final atingir a cruz de estrelas,
a roda do olho, a rosa dos ventos

Não há o que se compreender
quando encontramos Dylan Thomas
sob as pestana, sob o golpe de vento,
sob o calor de janeiro,
diante da abundância dos que medem
com as vista as milhas que nos separam
da última e da próxima morte

(edu planchêz)

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