quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

as cigarras do rio de janeiro









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as cigarras do rio de janeiro gemem
para você que lê esse invento poético,
elas gemem,
mergulhadas nos soberanos cinquentas graus
desse dia de verão inigualável

nuvens manchadas de cinza
sombreiam o crepúsculo,
sombreiam nossas cabeças quentes

escrevo soltando os nós da carne do peito,
nós dos sentimentos represados,
das vidas contidas em minha própria vida

as cigarras do rio de janeiro
me chamam na porta, me chamam na janela...
elas sabem muito de mim

(edu planchêz)