domingo, 31 de janeiro de 2010

vem cinema sem lógica, esmagar o lugar comum

(para minhas irmãs Juciane e Silvana)



a sétima caverna,
a oitava caneta que quebro
antes de mergulhar
a borboleta nas tintas do cérebro,
antes de mostrar meus sexos aos teus

arrebento as lentes,
arrebento as cenas do filme
que está sendo defecado
porque cinema verdadeiro
quem gestou foi Gláuber Rocha

prefiro que nada entenda,
prefiro ver-te nua diante da lua derretida

Essa porra de entendimento
não é para os versos que ejaculo,
não pertence aos testículos da minha arte

foda-se se não te pertence esse mundo onírico,
busque-se nos volts do inferno,
nas chamas do anormal

eu me busco nos volts do caos
das flores vermelhas,
nos volts das ervas azuis meteoro

busco-te na cena impossível,
na raiada noite das estrelas penetrantes,
nas orquestrais libélulas

o vinho das luzes das lentes do ser
que nunca dorme,
escorre forte nas beiradas de teu rosto,
em tuas plásticas nádegas negras,
pulsa como o sangue abissal
dos escorpiões negros

vem cinema sem lógica,
esmagar o lugar comum,
deflagrar um novo incêndio
por essas peles varridas
mortas de sede...

(edu planchêz)

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara tu és a insanidade e a sanidade do vulgar tua poesia, pulsa e expulsa.
Nossos velhos conceitos ... Tira nos o preconceito... tu és um pantano... a merda humana ...a poesia tu és feito de ouro na dourada palavra perdida... amo teus escritos ... sua boca tenta escarrar a dor e só sae amor.. trevestido de nudez...

Joca Faria

Anônimo disse...

Um emaranhado de palavras envolventes,
Que Hipnotizam os olhos e os pensamentos,
Tenho sede e fome de sua poesia a cada amanhecer!
Edu Planchêz, veio ao Planeta Azul pra aquietar as
Almas de pessoas de coração quente e cabeça aberta..."

Amo-te Edu

Beijos no seu ♥

Juh sua irmã

http://nuvensdemorango.blogspot.com/