segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

UM POETA





Um poeta que não lê é um poeta que não lê,
diria isso Mário de Andrade
aos muitos ventos
e as ladeiras de santa Teresa

escrevo livros para os que escrevem,
e para os que não escrevem,
escrevo para meus solitários olhos

O ato de escrever é o ato de escrever,
sem tirar nem por

Fui menino, agora sou um homem de engenho,
engenheiro da próxima frase,
arquiteto da morada dos gnomos humanos

O homem soldado das palavras
contrói batalhas juntando letras,
partindo ao meio frases incompletas

No campo de batalha,
o escritor aponta o lápis com os dentes,
com as sementes do carvão...
recebe do céu do solo
a incumbência de estraçalhar
o que nada diz

(edu planchêz)

2 comentários:

Juliana Porto disse...

Essesolo é fértil,assim como as poesias que de ti brotam.

Saudades

PLANCHÊZ disse...

mulher linda