sábado, 25 de julho de 2009
o coração da não idade
Nasce agora a centelha,
a fagulha, o facho, a labareda,
o jato luminoso onde tudo se encontra
No ápice orgástico do meu tempo
nem tudo é silencio,
nem tudo é estrondo
De tanto arrastar correntes
fui fazendo de minhas mãos asas,
de meus pés flores preciosas
Mergulhado na oração
das tempestades maravilhosas
saboreio contigo o banquete oferecido
por essa hora
Ouço o assobio dos insetos
habitantes da noite...
já é quase manhã,
se ainda não durmo foi para compor
essas linhas queimantes
O que devo pensar diante das deidades
que chegam com os buquês da aurora?
O mar não se arrepende de misturar
em suas vísceras os minerais e os seres
Tudo possui uma alma,
uma aura pintada de astros trovejantes
Me diga o que o coração da não idade
quer ouvir nesse inexato segundo
(edu planchêz)
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