sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

espíritos grosseiros






espíritos grosseiros me pisam,
seriam os descendentes dos lemurianos,
dos unos, dos bárbaros da idade media?

busco poesia, algum fio de poesia nesses
que me rodeiam, encontro porcos espinhos,
pessoas feras, seres primitivos
armados de cajados apinhados de espinhos

vou à Neruda para receber algum maná,
as muitas gentilegelezas
que um homem gentil merece

sou um homem gentil,
os grosseiros com quem convivo
me magoam bastante

juro ter forte vontade de viver longe
dos que ainda estão em estado evolutivos precários

Não mereço o desfrute de tal situação,
minha família é outra, outros são os meus

(mas a Lei das Leis me diz que não há vítimas)

me resta a antiga nova transmutação,
no âmago do alto espírito tocar,
fazer das tripas cérebro

(edu planchêz)

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