domingo, 31 de janeiro de 2010

ALMÍSCAR SELVAGEM




Sei que também sou uma vela
que queima nas duas pontas,
juro,
quando essas chamas se encontram...
a vida não se extingue

remo nos raios
que cheiram a canfora e camomila,
esse é o centro do lago,
da luz, do fogo, da chama...
pequenos passos
que dou em torno da fogueira

de sandalo é o canto do cisne navegante
de minha alma de centelhas

estou na vida para verter o fel
em néctar,
em almíscar selvagem

(edu planchêz)

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