segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
UMA PORTA
buscando uma porta,
um orifício mínimo,
uma entrada precisa
que me permita alcançar
o parque das flores
de fogo brando
dentro da pétala maior
da negra tulipa
encaixo uma das pernas
para na noite ardência romper
a barragem,
o sono,
a selva,
na sela
do crepúsculo
eu e a terra
a sombra da terra
a sombra do corpo
a sombra das antenas do inseto marrom
buscando no carvão a origem,
o óleo,
a amêndoa planetária
a cratera
do vulcão peninsular
no rombo do papel crepom
construo a colméia
de vocábulos venosos
a abelha lambendo o cobre
para nos favos elétricos compor
um campo de magnetismo humano
(edu planchêz)
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