domingo, 19 de julho de 2009

o olho miragem que invento



esféricos pensares meus circulam
libertos de qualquer tensão
sob os olhares dos objetos nada estáticos
que vivem comigo e minha mulher
no coração humano dessa casa

me rendo aos pequenos pontos brilhantes
reunidos em festa
nas saliências do vidro da janela

é o cotidiano comum sem nenhuma invenção:
o simples corre lindo
por toda a extensão do mundo

o planeta é o trem que nos arrasta
pela vastidão;
o planeta é"a nave nossa irmã",
a mãe protetora das raças,
o olho miragem que invento

( EDU PLANCHÊZ)

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