quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O RIO DE JANEIRO CABIA (E CABE) NOS VÃOS DE MEUS DEDOS





Quando desembarquei nessas pedras,
“nessa cidade que não tem mais fim”
tentei sapatear na carne negra
da avenida Rio Branco mas não consegui,
busquei Caetano Veloso dentro de mim,
dentro da mala...
um dia o vi em carne e osso saltitando
pelas areias mediúnicas...
me imaginei saltitando com ele pelos sóis,
pelas lares de meus novos amigos poetas
(Tanussi Cardoso, Leila Mícollis,
Flávio Nascimento, Zé Cordeiro...)

Os profetas da chuva cantavam comigo
“tudo que ressalta
quer me ver chorar louco por você”,
louco por comida, por cama quente,
por bocas avermelhadas,
por um algo que ainda procuro

O Rio de Janeiro cabia (e cabe)
nos vãos de meus dedos

(edu planchêz)

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