domingo, 3 de janeiro de 2010

A caverna escura da mente








"olha que sonho louco tive uma noite dessas...
duas bolhas de sabão...eu e você...
as duas subiam...subiam...
e lá em cima...
se juntavam sem estourar
e quando se uniam...as bolhas...sem estourar...
faziamos amor dentro da enorme bolha."
(Jhú Lacerda)




A caverna escura da mente,
parede carregada de imagens,
desenhos, rabiscos...

Na escuridão do cerebelo
peninsular flutua
fobias e paraísos,
artísticas luminosas demoiácas
invenções

Na caverna escura da mente
percebo pegadas,
minhas pegadas,
as pegadas do abominável homem
das neves e dos vulcões

É certo e é errado mover-me
em qualquer direção
Em qual direção segue o morcego
grunhidor nascido no inconsciente
do bem antes desse nascer

Era após Era
ruminando nas tripas
do escuro tempo da mente
o alimento fermento
capaz de gerar a fagulha,
a fotossíntese


( edu planchêz)

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