sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
nas águas curvas da noite profunda
madrugada profunda,
águas curvas participam da festa da minha janela
e eu já nem sei se o português que compreendo
ainda está apto para que eu continue
redesenhando os desenhos deixados
por meu avô e pelo avô de meu avô
não sei bem de que matéria são esses gestos,
esses estilhaços pensados no antiquíssimo
a carga emocional do traço
que ora componho
requer delicadas atenções
para que sejam vistas
à olho nu
bem sei que a soma de nossas cabeças
resulta no resultado normal
de cabeças que se encontram
no pertinente poema
para mergulharem nas águas curvas
da noite profunda
(edu planchêz)
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