sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
uma bússola e as vozes de Virgílio
bolhas azuis são despejadas
pelas nuvens circulares do meu céu de dentro
e eu me sinto angustiado...
tento ler o que escrito
está nas frases dessa angustia,
tento rever meu rosto e meus pés
com as solas dos pés percebo a irradiação
dos movimentos ígneos
(sorvidos por mim dos solavancos da Terra)
vida é movimento, poesia é movimento,
eu sou movimento...
pulo no embalo que transporta
os nervos de tudo
para abandonar a inercia
que os contraditório sentimentos meus
produzem
durante o desenrolar desse poema
me faço branco para os olhos que tenho,
escrevo apenas para os meus sentidos,
escrevo para me orientar,
para cruzar a escuridão
dessa vez possuo apenas uma bússola
e as vozes de Virgílio
(edu planchêz)
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