domingo, 4 de julho de 2010
ROBERTO PIVA GAVIÃO
E o grande Gavião se despe de suas penas,
carnes, bicos, ossos...
abandona o jardim estrangeiro
e segue com seus anéis e guizos
para a maquinaria da profunda noite
dos gaviões-estrelas
Ajoelhado dentro de mim mesmo
rezo um canto pataxó
acompanhado pelos escaravelhos do estranho
e pelas centopéias que sustentam os velhos
e os novos dias
Certeza de ver astros engolirem astros,
de plantar com os pés
sementes dóidas de tudo,
raízes mais que lúcidas
amparadas pelas letras caralhudas
desse que rabiscou nas entranhas da Terra
e no ventre dos homens
desenhos raros, ovais
e obtusos
(edu planchêz)
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